22 de julho de 2009

LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA I

TP4

Oficina 08 – unidades 15 e 16
Mergulho no texto
A produção textual – Crenças, teorias e fazeres

O 6º encontro aconteceu no dia 18 de junho. Discutiu-se sobre a importância de desenvolver a escrita através do ensinamento e da prática. Todos chegaram à conclusão de que leitura e escrita estão realmente interligadas e ambas precisam de um treinamento constante.
A atividade desenvolvida nas turmas do 6º e 9º foi o avançando na prática das páginas 172 e 173. Primeiramente houve uma conversa com os alunos pedindo que pensassem sobre coisas que eles faziam no seu dia a dia. Depois a turma foi dividida em grupos para conversarem a respeito dessas coisas. Eles foram deixados bem à vontade para relatar sobre o que achassem mais interessante. De volta a seus lugares, os alunos que quisessem poderiam relatar para a turma toda o que contaram nos pequenos grupos. Em seguida, foram solicitados a escolher um acontecimento do seu cotidiano para ser narrado por escrito. A maioria conseguiu desenvolver bem a atividade. Essa atividade gerou um debate interessante, já que todos puderam perceber que quando o aluno escreve sobre algo que conhece bem, a escrita flui.
Outra turma do 6º ano realizou a atividade da página 133, que tem como objetivo utilizar procedimentos que levem à determinação da estrutura do texto. O primeiro passo foi a leitura e interpretação do texto “Camping” da página 132. Em seguida, foi pedido que os alunos dessem sequência ao diário. Com esta atividade os alunos poderiam aprender chegar à estrutura do texto, além de poder dar uma continuidade lógica. Foi uma atividade que exigiu criatividade, pois eles teriam que se preocupar com uma sequência coerente e como seria o desfecho. Foi uma atividade bem aceita pelos alunos e eles não mostraram grandes dificuldades em executá-la.

A Banda de Música

Um dia, aqui em Desterro do Melo, eu estava indo à venda do Tito e quando voltei vi algumas pessoas com alguns instrumentos aprendendo a tocar no Salão Paroquial.
Depois de alguns dias, eu acordei com um barulho, levantei, lavei o rosto e fui ver. Com certeza era a banda de música. Então depois de saber que ela estava ali na igrejinha do Rosário, que foi para onde ela se mudou, eu estava sempre lá e mexendo nos instrumentos.
Até que um dia, o maestro da banda, o Arlindo, passou nas salas de aula perguntando quem queria aprender a tocar. Eu não pensei duas vezes e falei que queria e então marcamos o dia. Eu fui, achei muito difícil, pensei em desistir, mas não, fui em frente. Fui o último a entrar na aula, mas o primeiro a entrar nos ensaios para viajar para outras cidades. Já ouviu aquele ditado “Os últimos serão os primeiros”? Pois então, isso aconteceu comigo.
Na primeira viagem que eu fui não toquei muito bem, pois ainda estava aprendendo, mas me preparei bem para o encontro de bandas daqui de minha cidade. A música que eu mais ensaiei foi a mais difícil “Combate Final”. Era só eu que sabia tocá-la e eu toquei com segurança. Isso vou lembrar para sempre. Nesse dia fui fera!

Leandro Ferreira - 6º ano

TP4
Oficina 07 – unidades 13 e 14

Leitura, escrita e cultura
O processo da leitura

O 5º encontro aconteceu no dia 04 de junho. Foi abordada a questão do letramento e diversidade cultural. Debateu-se sobre a necessidade de a escola ensinar cada aluno a observar o mundo a sua volta, dominar técnicas, produzir críticas e a desenvolver sua criatividade, sua voz de autor, seu estilo. Desse modo, os textos tomam para eles um sentido especial.
A atividade desenvolvida nas turmas do 6º ano foi a da página 85. Primeiramente, durante a aula, a conversa foi conduzida com a finalidade de descobrir que assuntos mais interessavam cada um. A partir daí, foi proposto que formassem grupos de pesquisas para posterior apresentação para a turma. A questão ambiental mostrou-se como um assunto de interesse geral. Como o assunto “meio ambiente” é muito amplo, foi necessário sugerir uma subdivisão do tema para definir os itens a serem pesquisados. Durante os próximos dias, a cada aula, os grupos puderam se reunir para apresentar resultados e propor novos avanços. Foi necessário um acompanhamento maior para evitar que o grupo se acomodasse em resultados repetidos ou de pouca relevância. Segundo o relato da professora a apresentação foi bem tímida, necessitando de muitos estímulos para prosseguir, o que mostrou que esse tipo de atividade precisa realmente ser praticada mais vezes para desenvolver tal habilidade.
Nas outras turmas foi a da página 41. Como propõe a atividade, foi solicitado aos alunos que pesquisassem sobre as manifestações culturais da cidade: festa junina, festa dos congados, festa do Kphona, festas religiosas, quermesse, etc. Para isso poderiam observá-las durante a sua realização, entrevistar pessoas da comunidade, trazer fotos, recortes de jornal, enfim todas as fontes de informações possíveis. Depois da pesquisa realizada, discutiram sobre suas experiências, expondo oralmente para a turma e realizaram a produção do texto informativo.
Segundo os relatos, os alunos demonstraram bastante interesse e participaram da atividade com muita satisfação, não apresentando dificuldades ao produzir os textos. Assim foi possível alcançar com facilidade os objetivos da atividade, que era estabelecer relação entre a cultura local e o letramento.

"Arraiá da Tita"
No dia 20 de julho de 2009, aconteceu mais um "arraiá da Tita". Como sempre com muita alegria e animação, dança típica, comidas e bebidas deliciosas, muitas brincadeiras e divertimento para toda a comunidade melense.
Também participaram do evento os alunos do Ensino Médio, que dançaram a tradicional quadrilha e apresentaram o casamento caipira de uma forma bem divertida que agradou a todos os presentes.

Cheila Cristina Viana Lopes - 9º ano


Exposição agropecuária e torneio leiteiro de Desterro do Melo

A exposição é uma festa não só de Desterro do Melo, mas de toda a região, típica das cidades interioranas. Ela foi criada com o intuito de mostrar o trabalho do produtor rural. Aqui já foram realizadas vinte edições, tendo como atrações especiais o rodeio e os shows com diversas bandas. Cantores famosos já passaram pelo palco da exposição de Desterro do Melo, tais como Pepeu Gomes e Sérgio Reis. O parque de exposições possui barracas onde uma delas é usada para divulgar a parte artesanal da cidade e nas outras são comercializadas as comidas e bebidas típicas da região. Vendedores ambulantes completam o espaço territorial do parque. A Exposição Agropecuária e o Baile do Kphona são as festas mais aguardadas pelos jovens. Ela sempre acontece na segunda quinzena do mês de agosto e dura cinco dias.


Henrique Machado Amaral - 9º ano Baile do Cafona em 1980
Baile infanto-juvenil 2009

Baile do Kphona

Em 1980 aconteceu o 1º Baile do Kphona, que teve como colaboradores Hélcio Tafuri, Catarina Fernandes,Tânia Fernandes, João Fernandes, Olívia Tafuri e Sônia Amaral Belo.
Esse baile teve início quando os colaboradores quiseram fazer uma festa, pois o baile de debutantes que eles fizeram não havia dado certo.Os mesmos estavam muito animados e tiveram a idéia de fazer um desfile Kphona na rua no qual as pessoas desfilavam com trajes fora de época. Tempos depois foi transferido para o clube que era da família Tafuri.
A data escolhida para ser realizado foi um dia próximo ao feriado de Finados.
Em 2007 aconteceu o 1° baile do Kphona Mirim, com isso as crianças tiveram oportunidade de prestigiá-lo.
Neste ano o baile mirim e juvenil ocorreu no dia 30 de outubro e teve como vencedores:
Rei Kphona Mirim 2009 - Gabriel Machado Amaral
Rainha Kphona Mirim 2009 - Izabela Cristina de Amorim
Rei Kphona Juvenil 2009 - Daniel de Paiva Dias Junior
Rainha Kphona Juvenil 2009 - Caroline Cassiano de Fontgaland.
Já o tradicional aconteceu no dia 31 de outubro e teve como vencedores:
Rei Kphona 2009 – Anderson Barbosa da Silva
Rainha Kphona 2009 – Renata Cristina de Assis

Fernanda Caroline de Castro - 9º ano
12ª Gincana Cultural e Esportiva da Escola Tita Tafuri Gincana Escolar

A gincana cultural e esportiva da Escola Municipal Professora Tita Tafuri é mais um motivo para que os alunos se divirtam e participem de modalidades como: vôlei, futsal, handball, futebol, corridas e outras atividades cada vez mais divertidas. A participação dos alunos é fundamental para que essa gincana aconteça com sucesso e alegria. Ela sempre é realizada no parque de exposição, no mês de julho, antes de entrarem as férias. O objetivo desse evento é encerrar o primeiro semestre com grande alegria e de bem com os colegas. O melhor de tudo é quando a gincana está no final para saber qual é a equipe que ganhou a competição e quem ganhou os troféus para a alegria de todos.

Marilena Fonseca Meireles - 7º ano
Cartazes e textos feitos pelos alunos do 6º ano

Caminhada Ecológica na Via Verde

Alunos da Escola Tita Tafuri no Mirante da Serra

Meio Ambiente e Turismo

O turismo é um fenômeno que a cada dia vem crescendo, e consolidando no meio cultural. Minas Gerais se tornou um estado promissor para a atividade turística e é patente a necessidade de investimento na área, principalmente em infra-estrutura e na criação de novos atrativos turísticos.
Desterro do Melo possui vários pontos turísticos como Parque Xopotó. Nos finais de semana ensolarados, o parque é visitado por muitos turistas das cidades vizinhas os quais vêm se banhar nas águas do rio.
O bosque, extensão do Parque Xopotó, também é um exemplo de ponto turístico, localizado nas proximidades do Pré-Escolar “Maria da Glória Fernandes”.
Um dos exemplos de residência ecologicamente correta é a do senhor Mário Amaral, onde ele cultiva plantas de várias espécies. A casa também utiliza energia solar, e a água vem diretamente da nascente, localizada na Serra da Conceição.
Na entrevista com a turismóloga Nízia Amaral Duarte, obtivemos informações sobre o Projeto Via Verde. “A Via Verde foi uma visão em relação ao turismo com sustentabilidade”, diz ela. O ecoturismo é uma oportunidade que as pessoas têm de ter contato com a natureza, devido ao estresse das cidades e também é destinada aos apaixonados pelos esportes radicais, como, parapente, rapel, motocross e outros.
Via Verde significa caminho da indústria sem fumaça, isto quer dizer que o projeto foi feito para obter rendas através do artesanato, culinária e da paisagem (fauna e flora). A araucária é uma espécie de árvore que está muito presente na Via Verde, mesmo estando em extinção na região, por isso foi escolhida como seu símbolo.

Carlos Junior Campos Coelho - Ensino Médio
Daniel de Paiva Dias Júnior - Ensino Médio

Protegendo a nossa casa

O mundo nos sustenta em tudo, mas o homem com ingratidão o polui totalmente. Mas não é somente a poluição, também não podemos nos esquecer do desmatamento, que novamente o homem é o culpado.
Pois desmatando e poluindo as matas alguns insetos saem das matas e vão para as cidades e entre eles está o Aedes aegypti, o famoso mosquito da dengue. E como na cidade existe vários pneus, garrafas e latas condicionando água, estes viram locais adequados para as fêmeas botarem seus ovos.Todos pensam que o Aedes aegypti é o grande vilão da história, mas não é bem assim. O homem é que é o grande responsável por todo desequilíbrio ambiental.
Hoje as palavras de ordem são: Reduzir, Reciclar, Reaproveitar, garantindo a sustentabilidade. Todos se perguntam o que é isso. É uma poupança ambiental, um jeito de gastar apenas o necessário para se viver. Ter consciência na hora de comprar e pensar se isso é mesmo importante! Devemos ter amor à natureza e respeito ao próximo, assim podemos transformar o mundo em que vivemos.
O caminho para a solução do problema não é atingir fisicamente os destruidores e sim alcançar sua consciência mudando seu modo de pensar.

Karla Maria de Paula - 5º ano
PROJETO SEMEANDO 2009

Resenha: Narradores de Javé, um filme sobre memória, História e exclusão



Conta a história de Javé, um povoado que está prestes a desaparecer sob as águas da represa de uma grande hidrelétrica. Na tentativa de salvá-lo, seus moradores decidem elaborar um documento com os feitos heroicos de seus antepassados para convencer as autoridades do valor histórico do lugar. O primeiro passo é encontrar alguém que possa escrever a história, pois quase todos são analfabetos. A pessoa escolhida para realizar essa tarefa é Antônio Biá, por ser efetivamente letrado e pela fama de sua criatividade e inventividade no povoado. O artifício de "florear" e inventar fatos locais já era usado pela personagem para aumentar a circulação de cartas, obviamente escassas no povoado, e manter em funcionamento a agência de correio onde ele trabalhava. Apesar das desavenças com os moradores, fica a cargo dele ouvir as memórias do povo e entregar o livro da salvação antes do prazo final. Mas as pessoas não conseguem chegar a um consenso sobre quais versões correspondem à realidade do lugar, iniciando um duelo poético entre os contadores com suas histórias muitas vezes fantásticas e lendárias. Nas várias versões os heróis são alterados conforme o narrador. Em algumas versões o grande herói entre os fundadores de Javé é Indalécio. Na versão relatada por uma mulher do povoado, a grande heroína é Maria Dina. Na comunidade negra, o herói principal também é negro e chama-se Indalêo. Mas um discurso destoante de todos os outros consiste na perspectiva do gêmeos, no qual, o tema de fundação do povoado é sucumbido pela história de seus pais e a origem duvidosa de seu outro irmão, o filho da dúvida. Isso revela as contradições e os desvios que os dizeres vão constituindo ao longo de seu percurso, cada qual constrói sua história. Entretanto, organizar as ideias no suporte escrito é o grande entrave enfrentado pelos moradores, pois não havia como provar que os relatos eram verdadeiros.


Entre a multiplicidade de versões que ecoam em seus ouvidos, a arbitrariedade da interferência e a necessidade de produzir algo científico, Biá entrega-lhes o livro em branco. A tentativa de salvação se torna inútil e Javé desaparece destruída pelo progresso. Como lição, as pessoas entenderam que para existir oficialmente, era necessário possuir provas escritas sobre o local de onde partiram para formar uma nova cidade. Então Biá começa a escrever a partir desse fato a história daquela gente que aparentemente carregava um sino e nada mais.

A trama nos faz refletir sobre a grande diferença que existe entre a linguagem oral e a linguagem escrita, sendo a linguagem oral facilmente manipulada pelos moradores, e isso consequentemente é passado para a escrita, gerando a grande questão da obra.

Outro aspecto forte que o filme suscita e que remete à história do Brasil é o problema das terras em nosso país, onde os primeiros habitantes demarcavam, por si mesmos, a extensão de suas propriedades. Desde então ocorrem contínuas migrações como a mostrada no filme e um grande número de sem-terras.

O filme também faz referência ao progresso, mostrando que este se faz indiferente à história das pessoas e dos lugares. Trata-se de uma realidade comum no país, onde vários projetos para a criação de usinas hidrelétricas têm tornado necessária a destruição de povoados e municípios ribeirinhos, colocando em risco a preservação da memória e da identidade desses moradores.

Enfim, a obra é produto do desejo dos autores de tornar público o cotidiano do interior brasileiro. O Brasil da oralidade, da riqueza inventiva de suas histórias, da informalidade de suas relações. Um Brasil rural e tradicional, de fortes valores coletivos, que corre o risco de desaparecer sem nenhum registro.

Gêneros Textuais: Definição e Funcionabilidade

1) Por que os gêneros não são estanques e enrijecedores da ação criativa?
R: Os gêneros textuais são dinâmicos e maleáveis , porque são manifestações linguísticas que surgem de acordo com as necessidades de comunicação.
2) Por que os gêneros são caracterizados como práticas discursivas ou práticas sociocomunicativas, e não como práticas linguísticas?
R: Os gêneros são caracterizados como práticas sociocomunicativas, porque estão ligadas às atividades socioculturais, sendo assim o mais relevante é sua função comunicativa e não sua forma linguística.
3) A palavra suporte aparece várias vezes no texto para designar algo ligado ao texto e ao gênero. A partir do contexto, a que você acha que ele se refere? Dê alguns exemplos.
R: O suporte é o canal usado para a comunicação, ele é imprescindível para que o gênero circule na sociedade e deve ter alguma influência na natureza do gênero suportado. Ex: livros, revistas, internet, faixas, embalagens, roupas, telefone, outdoors, etc.
4) A partir do que diz o texto, como você acha que surge novos novos textos?
R: Surgem a partir de novas necessidades de interação verbal. Os novos gêneros não são inovações absolutas, mas apoiam-se em gêneros já existentes, mantendo com estes certas semelhanças.
5) Por que desaparecem gêneros antigos?
R: Desaparecem porque deixam de ter relevância cultural, quando novas tecnologias os substituem.
6) Como se comportam os novos gêneros em relação às fronteiras entre oralidade e escrita?
R: Os novos gêneros tendem a desfazer ou a enfraquecer as fronteiras entre oralidade e escrita, por serem maleáveis e poir integrarem vários signos linguísticos verbais e não-verbais.
7) Que aspectos podem servir de critério para a classificação de um gênero?
R: Para classificar um gênero podemos observar os aspectos estrututurais ou lingísticos, os aspectos funcionais e sociocomunicativos. Em outros casos será o próprio veículo, em que os textos aparecem, que determinarão o gênero presente.