Professoras cursistas:
Colegas formadores:
Aos colegas formadores das outras cidades
Aos colegas cursistas
À Administração Municipal
À equipe pedagógica da Escola Municipal Professora Tita Tafuri
À secretaria Municipal de Educação
Este blog foi criado com o objetivo de divulgar os trabalhos do Programa Gestar II de Língua Portuguesa no município de Desterro do Melo.
Andressa Cristina Rosa Silveira - 8º ano Ronaldo Gabriel Dornelas Machado - 8º ano
Cidade movimentada
Casas entre prédios
mulheres e homens
violência, destruição e maldade
O homem vai rápido
A máquina vai rápido
A vida vai rápido
Rápido... A vida passa
Eta vida difícil, meu Deus!
Giziane da Silva - 7º ano
TP2
Oficina 3 – unidades 5 e 6
Gramática: seus vários sentidos
A frase e sua organização
Realizou-se em 5 de novembro. Iniciamos com a leitura do texto de Rubem Alves: “As tarefas da educação”, o qual nos possibilitou uma importante reflexão sobre a nossa prática pedagógica. “Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma pode ser usado? Em que aumenta a competência dos meus alunos para cada um viver a sua vida?”. Foi ressaltada a importância de reavaliar e redirecionar, quando necessário, nosso conhecimento e nossa prática, para melhor atingirmos nossos objetivos no trabalho com nossos alunos.
Discutimos também sobre as várias acepções que a palavra gramática tem nos estudos linguísticos, e como a confusão entre essas acepções pode gerar dificuldades no ensino-aprendizagem da língua. Estudamos as várias formas linguísticas de estruturar o texto e como ajudar nossos alunos a compreender e usar essas estruturas.
As turmas do 7º ano desenvolveram o “Avançando na prática” da página 51, que tem como objetivo conceituar e identificar a frase. A atividade teve início com a leitura e a interpretação do texto “Parceria” da página 46. Em seguida foi pedido que a turma se dividisse em grupos para que pudessem ensaiar a dramatização de modo a evidenciar as emoções das duas amigas. Com essa atividade os alunos puderam observar o quanto é importante a pronúncia e a pontuação correta na hora de uma leitura e/ ou de uma apresentação oral.
As turmas B e C do 6º ano trabalharam a construção de períodos ampliando algumas idéias. Para o planejamento da aula foram utilizados os exemplos de exercícios das páginas 63 e 64 e alguns outros elaborados seguindo o mesmo modelo. Antes de iniciar a atividade, o exemplo foi analisado com cuidado para se ter certeza da compreensão. Oralmente, foram sugeridas algumas ampliações pelos alunos ainda a título de exemplo. Depois, em duplas, revolveram o restante da atividade. Numa próxima aula, procedeu-se a correção ouvindo as ampliações de cada dupla e comentando-se coletivamente. Alguns alunos demonstraram bastante insegurança em suas construções, problema que foi resolvido com explicações individuais e incentivos.
A atividade proposta na página 48 foi aplicada na turma A do 6º ano. Esta atividade tem o objetivo de fazer com que o aluno possa produzir textos a partir de uma imagem, perceber possibilidades de organização dos períodos e alterar a sequência de ideias nos textos sem mudança de sentido. Foi levada para sala de aula a imagem proposta e a professora pediu que realizassem os exercícios. Estes solicitavam a produção de três períodos simples. Depois que juntassem os períodos transformando-os em um composto, recorrendo aos pronomes, conjunções e outros, evitando repetições. Feito isto, deveriam mudar a sequência sem mudar o sentido. O mesmo foi feito com a produção de texto no fim da atividade, que deveria falar sobre um fato que aconteceu e teve a participação do animal de estimação. Os alunos gostaram da atividade, mas apresentaram algumas dificuldades em evitar as repetições. No entanto, com o auxilio da professora e demonstrações feitas no quadro conseguiram alcançar os objetivos.
Com os alunos do 9º ano foi trabalhado o Avançando na prática da página 56, tendo como objetivo a produção de texto a partir de uma imagem, em que caberiam, seguramente, frases nominais, ainda que não exclusivas. Para esse trabalho foi escolhido um quadro do pintor Mário Carvalho, que retrata a origem da cidade de Desterro do Melo. Foi seguido passo a passo os itens da proposta a fim de permitir uma boa observação. A seguir foi solicitado que descrevessem a imagem e expressassem a opinião sobre ela. Depois disso produziram um texto descrevendo a imagem e foi proposto que lessem as produções. Os alunos gostaram muito dessa atividade, principalmente porque puderam entender como objetos e imagens podem trazer a história de um tempo passado.
Obra de Mário Carvalho doada à Escola Jaime Calmeto em 1992
Cidadezinha pequena e pacata
poucas casas, pouca gente
gente alegre e calma
Trabalham do amanhecer ao entardecer,
Casarões, capela e ruas de terra
Padre e beatas
Assim vejo minha cidade
Levam uma vida calma
As pessoas devagar
Como o rio que desce a serra
Devagar quase parando
Vai assim dia e noite
E noite e dia ...
Victor Amaral Silva de Melo - 9º ano - turma B
Minha cidade
Cidade, cidadezinha
pequena, pequenininha
com meninas a cantar
mulheres trabalhando sem parar
Com casinhas tão singelas
lá no alto plantação, bananeira, eucalipto,
todos numa só canção
Cortando a cidade tem um rio
que se chama Xopotó,
cercado de montanhas
e pessoas ao redor
Lá no centro a igreja
Do lado a capelinha
Que cidade boa!
Que cidade arrumadinha!
Welfany Caique Coelho de Oliveira - 9º ano - turma A
DICIONÁRIO MELOMINEIRÊS
C
Cadiquê: o mesmo que “por causa de quê”. “Pu cadiquê cê num vai?”
Chico: menstruação. “Cê tá de chico?”
Cumichandu: coçando. “ A minha perna ta cumichandu.”
Catar: usado por meninos no futebol. “ Professor, deixa eu catá hoje?”
Cacunda: costas. " Ele tem uma tatuagem na cacunda”.
Condo é fé: de repente. “ Estava na festa. Condo é fé começou a chover”
Cabo a rabo: do começo ao fim.” Magno sabe de cabo a rabo sobre a pesca.”
D
Dendapia: dentro da pia. “Muié, o galo tá dendapia”.
Deu: o mesmo que “de mim”. “Larga deu, sô!”
Deusdi: o mesmo que “desde”. “Eu sou magrilim deusdi mininu!”
Dó: o mesmo que “pena”, “compaixão”. “Ai qui dó, gentch!”
Dordestamo: o mesmo que “dor de estômago”. “Essa danada da minha úrcera dá uma baita dordestamo.”
Diminói: diminui. “ A cada dia que passa a água diminói.”
E
Embadapia: Embaixo da pia. “Muié, as garrafa tá embadapia”.
Emez! é mesmo.
Embuchada: grávida. “ Fulana ta embuchada.”
F
Friagi: clima muito frio.”Cê viu qui friagi feiz essa noiti?”
Fuçar: ação atribuída a alguém que está bisbilhotando coisa alheia.” Pára de fuçar nas minhas coisas!”
Fii: filho. “Ô fii, vem ajudá o pai!”
Ferpa: pedaço muito fino de madeira ou bambu. “ Entrou uma ferpa de bambu no meu pé.”
Fumo: pessoa chata. “João é um fumo.”
G
Gurita: guarita, pequena construção à beira das rodovias. “Vou esperar pelo ônibus debaixo da gurita, pois está chovendo.”
Guela: garganta. Mãe para o filho: Quer não? Vou botar guela abaixo!”
Gumitar: vomitar. “A Sabrina passou mal, ela gumitou hoje.”
Geringonça: pessoa desajeitada. “ Nossa! Fulano ficou uma geringonça com aquela roupa!”
I
Ispicula: pessoa que faz muitas perguntas. “ Denilson é um ispicula.”
Isbudegado: exausto .“ Trabalhei na roça e tô isbudegado.”
Inriba: em cima. “ Meu celular tá inriba do armário.”
Isturdia: o mesmo que “outro dia”. Variações: ASTURDIA; OSTURDIA. “Isturdia nóis foi no Melo.”
Intorná: derramar. “O leite vai intorná.”
Ispodá: hospedar. “Num pude i na festa, purque tinha di ispodá minha sogra.”
Istrová: atrapalhar.” Eu num quero ti istrová não, cumadre”.
Ispiá: olhar. “ Vou ispiá as mercadoria.”
J
Jacu: pessoa boba.” Mas tu é um jacu hein?! "Num sabe nem falar direito.”
Jeracuçu: cobra jararacuçu.
Jinela: janela. “Vi vocês pela jinela lá de casa.”
L
Lidileite: litro de leite.
Lombeira: preguiça. “ Tô com uma lombeira hoje!!”
M
Magrilim: indivíduo muito magro.
Mastumati: massa de tomate.
Medonha: enorme. “O menino fez uma bagunça medonha no quarto.”
Macacoa: problemas de saúde que surgem junto com a 3ª idade. " A gente vai ficando velho e começam as macacoa".
N
Negocim: coisa minúscula. “Eu num tava veno esses negocim”.
Nemez?: “não é mesmo?”. “Os remedi tão muito caro, nemez?”
Nimim: o mesmo que “em mim”. “Cruz credo, cê vive agarradu nimim!”
Nó: o mesmo que “Nossa!”. É uma redução de “Nossinhora!”
Num: não. “Num vô não”.
O
Ó procevê!: Expressão usada para manifestar admiração. “Que moça bonita! Ó procevê!”
Oiaí: Olha aí. “Oiaí oquiocê feiz!”
Onz:Ônibus. “Qui hora o onz passa?”
Oncotô?: Expressão de dúvida. “Onde estou?”
Onquié?: O mesmo que “Onde é que é?”. Expressão usada para se informar de uma localização. “Aqui, moço, onquié o Minerão?”
P
Pinhado: Uma porção, punhado. “Lá nu pé, tinha um pinhado de laranja madura”.
Pelejanu:vivendo com dificuldade, lutando .“Nóis tamu aí pelejanu”.
Paricidunorti: Aparecida do Norte. “Já fui em paricidunorti umas deis veiz. Lá é bom demais da conta, sô”!
Pantasma: pessoa boba.” João é um pantasma, sempre leva prejuízo nos negócios.”
Pó pô: Pode por. “Pó pô mais um cadim.”
Poquim: Pouquinho. “Bota só um poquim disso pra mim”.
Prestenção: Preste atenção. “Prestenção na aula, mininu!”
Proncovô?: O mesmo que “Pra onde que eu vou?”. Usada quando se quer saber que rumo tomar.
Por mode que: por causa de, por que.” Por mode que você fez isso?”
Pratinha: moedinha.” Amanda juntou um real em pratinha.”
Pondionz: Ponto de ônibus.” Onde fica o pondionz.”
Pitá: fumar. “ Eu vou pitá lá fora.”
Q
Quainaora: Quase na hora. Expressão que indica que o mineiro está ficando atrasado. “Anda, muié, tá quainaora da missa!”
Quiném: advérbio de comparação. “É bunita qui dói. Quiném a mãe!”
Quidicarne: Quilo de carne. Medida empregada na comercialização de carne. “Aqui, moço, mi dá um quidicarne moída!”
Quisuqui: envelope de suco pequeno.”Moço, me dá um quisuqui de laranja.”
R
Remedar: imitar alguém. “Esse mininu remeda todo mundo”.
Retrato: fotografia. “Vem, cumadre, pra nóis tirá um retrato!”
Rasgando: não demonstrar interesse. “ Paulo não está rasgando para mais nada, pois perdeu sua namorada.”
S
Sungá: levantar. “ Sunga as calças, menino!”
Sabuco: sabugo. “Maria usou sabuco para acender o fogo.”
Suverteu: sumiu."Fulano tava aqui agora e suverteu.”
Subaco: axilas. “ Maria tem mal cheiro no subaco
T
Tirisdaí: O mesmo que “Tire isso daí”. “Tirisdaí, tá travancanu a passage”.
Tradaporta: Atrás da porta. “Si a visita num disconfia qui tá na hora dimbora, põe a vassora tradaporta que ela toma o rumo di casa”.
Tava: Forma reduzida de estava. “Eu tava fazendo o almoço, quando me chamaram na rua.”
Topá: encontrar. “Eu vou topá com ela mais tarde.”
Tá nele não: insensato. ” O Júlio tá nele não.”
Trem: coisas . “Vai arrumá os trem qui ocê deixou bagunçado”.
Trupicar: tropeçar.” Eu não vi a pedra e trupiquei nela.”
Tucaiá: tomar conta. “ Joana tucaiou Marcelo na festa.”
Tretar: teimar, desobedecer. Mãe para o filho: "Se ocê tretá eu vou te pô de castigo.”
Tem boca não: usado para se referir a algo sem solução, equivalente a "Tem jeito não".
U
Uruvai: orvalho.Variação: urvaio.” A grama tá molhada porque caiu muito uruvai esta noite.”
V
Vidiperfum: Vidro de perfume. “Eu comprei um vidiperfum pra dá pra minha namorada”.
Varado de fome: estar com muita fome. “ O recreio atrasô, tô varado de fome!”
X
Xuquinha: amarrador de cabelo. “Minha xuquinha é roxa.”
Alunos do 9º ano - turmas A e B
Sugestões de nomes dados pelos alunos
PROJETO: JORNAL ESCOLAR
A) TEMÁTICA
Para cumprir tarefa do GESTAR, nós professores e professoras da Escola Municipal Professora Tita Tafuri, decidimos lançar e desenvolver um projeto de escrita e leitura, através da criação de um jornal escolar.
B) PROBLEMÁTICA
A escrita, com ênfase para a produção de textos, continua sendo a grande dificuldade dos alunos e, desta forma, a maior preocupação dos professores, equipe pedagógica e administradores da escola.
Paralelamente e, na mesma ou até maior proporção, aparecem as competências relacionadas à leitura. Apesar de todos os esforços, os professores não têm conseguido incutir na mente dos alunos, a importância e a necessidade de se tornarem leitores ativos, que aproveitem todas as oportunidades para detectarem as mensagens contidas em todos os tipos de textos espalhados pelo mundo afora.
C) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
-Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96. - Art. 26.
§ 1º. Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da Língua Portuguesa ...
Art. 32º. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
CBC de Língua Portuguesa
A leitura é uma das necessidades educativas fundamentais para o ser humano. É através dela que o indivíduo torna-se capaz de dar continuidade ao aprendizado de novos conteúdos, desenvolvendo habilidades quanto à comunicação, à análise crítica de suas vivências e à participação ativa na sociedade. Sendo assim, o domínio da leitura torna-se um dos instrumentos essenciais para a formação do homem como cidadão.
D ) OBJETIVOS GERAIS
- Trabalhar a leitura, relacionando os fatos e as opiniões com os conteúdos discutidos no currículo escolar.
- Produzir um “jornal escolar” em que alunos, professores, pais e funcionários da escola possam expor suas ideias, descobertas e necessidades, criando uma rede.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-Realizar atividades com jornais, revistas, livros, vídeos, filmes, pinturas, internet, para a elaboração de um jornal que culmine no trabalho conjunto de toda a equipe escolar.
- Selecionar informações significativas que necessitem ser “guardadas” e que vão servir de suporte para futuros eventos e atividades escolares ou relacionadas com a vida de cada um.
E) METODOLOGIA
- Troca de experiências pedagógicas significativas para a socialização de estudos realizados por alunos e professores com vista a integração entre a escola e a comunidade.
- Desenvolvimento de trabalho em grupo, através da divisão de equipes responsáveis pelos diversos setores e seções do jornal.
- Descoberta do perfil e das aptidões dos alunos e professores através da definição e realização de tarefas específicas ao longo do desenvolvimento do projeto.
F) CRONOGRAMA
O Projeto será desenvolvido durante os meses de agosto e novembro, obedecendo, salvo algumas exceções, ao seguinte cronograma;
Mês de Setembro
- Sensibilização e Motivação sobre o Projeto.
- Reunião dos professores de Língua Portuguesa com os demais professores da escola para apresentação do projeto e solicitar a adesão de todos.
- Reunião com representantes da entidade mantenedora da escola para discussão sobre a participação financeira da mesma nos custos oriundos do desenvolvimento do projeto.
- Estabelecimento de regras e critérios para desenvolvimento do projeto.
- Lançamento do Projeto junto aos alunos e à comunidade.
Mês de Outubro
- Formação de Equipes específicas para os diversos trabalhos a serem desenvolvidos para a efetivação do projeto.
- Elaboração de atividades de consulta, pesquisa, entrevistas, fotografias, visitas, buscando material para compor o primeiro número do jornal.
- Seleção de material escolar que contenham matérias a serem incluídas no jornal, objeto deste projeto.
Mês de Novembro.
- Encaminhamento do material para revisão, diagramação, revisão e impressão.
- Visitas à gráfica para acompanhamento dos trabalhos de impressão do jornal.
- Recebimento do material impresso.
- Realização de “momentos de leitura” em todas as turmas para conhecimento do jornal.
- Distribuição do jornal para a comunidade.
G) EQUIPES DE TRABALHO
-Os alunos, desde as séries iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, formarão equipes de acordo com a seção do jornal que queiram trabalhar;
-Os professores, especialmente os de Língua Portuguesa, Matemática e Informática orientarão os alunos em todas as etapas da elaboração do jornal;
- Os demais professores darão apoio necessário na execução do projeto.
H) AVALIAÇÃO
A Avaliação do Projeto será realizada com base nos seguintes questionamentos:
- Envolvimento de professores e alunos;
- Nível de interesse dos participantes;
- Impacto causado na comunidade;
- Alcance do objetivo relacionado à formação de novos leitores.
O ESCOLAR, sonho antigo e constante das escolas Tita Tafuri e Jaime Calmeto, surge como oportunidade de entrosamento com a comunidade, objetivando despertar o interesse pela leitura e produção de textos. Em sua primeira edição traz informações sobre algumas atividades escolares de 2009 e eventos da comunidade. Esperamos que essa iniciativa possa frutificar oferecendo a todos momentos de informação, cultura e entretenimento.